terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Live Actions - De "Cutscenes" para "Cenas de Corte"

Não é de hoje que Live Actions é um assunto amplamente discutido no mudo dos games. Todo nós sabemos ou pelo menos deveríamos saber que de dia 6 de Novembro foi lançado Halo 4 em todo o mundo,(aqui no Brasil como sempre em uma semana de atraso)  todavia, um mês antes do lançamento a mini-série intitulada "Forward Unto Dawn" chegou as olhos de todos aqueles que aguardavam atenciosamente a estréia da nova trilogia Halo
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"Forward Unto Dawn" tem 5 episódios que foram lançados a cada sexta-feira do mês de Outubro. A série conta um pouco da vida dos cadetes da UNSC, (Comando Espacial das Nações Unidas) um grupo de adolescentes "espinhentos" e "mal criados" se preparando para substituírem a atual geração de soldados da UNSC a qual está em guerra. Entre os cadetes está Thomas Lasky, sempre duvidoso em relação à guerra, Lasky se vê preso em mundo cujas responsabilidades talvez ele não consiga suportar.

Live Action ou série televisiva?
 É claro que esse não é o único Live Action feito no mundo. A questão é que "Forward Unto Dawn" agradou bem mais do que devia agradar e muita gente ficou tão ligada na história de Lasky que mal podiam esperar para vê-lo no jogo. Entretanto, será que os "Live Actions" podem influenciar tanto na hora da compra de um jogo? Será que é bom introduzir personagens da trama em um "Live Action"? Ou pior; Será que a "experiência gamer" está indo para um lado mais "cinematográfico"?

A experiência Far Cry destruída?
Recentemente antes do lançamento de Far Cry 3, a Ubisoft anunciou que o trailler do game seria uma especie de "mockumentary" (resultado de documentário + comédia) com 5 episódios. O trailler, ou "mockumentary" agradou bastante  grande parte do público por mostar um pouco, ou melhor, bastante do personagem principal, coisa inédita na série Far Cry. Enquanto isso no mundo dos "FarCryHardcoreGamers" havia ódio e muita tortura psicológica. Muitos se decepcionaram com a Ubisoft já que não foi mostrado nenhuma espécie de gameplay do jogo, a não ser os 10 últimos segundos de cada episódio do trailler mostrando flashes e mais flashes sendo que metades das cenas são de jogos anteriores da série. Os comentários maldosos e cheios de indignação ainda podem serem vistos no Youtube.

Como sempre as empresas de games sempre querendo o melhor para si mesmas procurando sempre a melhor maneira para fazer um jogo bom, bonito e barato (barato no sentido de menos custo). Contudo, nesta sétima geração de consoles outro quesito entrou em meio aos anteriores e ele se chama imersão. Ninguém mais procura um jogo por ser divertido, mas sim por ele ser imersivo, jogos que te prendem na história e dão aquela sensação de "estar lá"; "eu penso igual ao personagem", "preciso salvar as pessoas que eu amo" (no caso os personagens). Entretanto há um leque enorme de games que são totalmente imersivos sem o uso de Live Actions, às vezes bem mais imersivos do que os que fazem uso do recurso.

Silent Hill: a série 100% imersiva, sem nenhum Live Action
Entretanto sabemos que no mundo capitalista dinheiro é melhor que Oxigênio e as empresas mercenárias para não gastarem grana em espaço de mídia com essa tal de 'imersão' resolvem fazer oque? Pegar uma câmera HD, alguns atores, criar um cenário parecido ao do jogo e fazer várias cenas e aquela coisa toda de historinha, lançar para o público e falar "CONSUMA OU NÃO SABERÁS O FUTURO"


Claro que isso não é o caso com todo Live Action porém a maioria segue esse padrão. Em "Forward Unto Dawn" por exemplo, a Microsoft gastou milhões para criar um universo igual o de Halo, o que não é pra qualquer um, mas ainda assim tem aquela coisa de "comprar por causa de tal personagem" ou de "quero saber o que vai acontecer com fulano personagem" que certamente nos influência de mais na hora da compra, por outro lado, ver um personagem dentro do jogo que você assistiu por dias, semanas ou até meses é um sensação impagável.

E você? O que acha sobre os Live Actions?

-Gil

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