Esta semana, ouvi algo surpreendente de uma pessoa inesperada: "Você tem que experimentar, sair com outras pessoas, ganhar experiência... não pode se prender a uma pessoa só ainda". Não posso dizer quem foi o locutor desta frase, mas quem disse isso foi alguém que sempre faz discursos de moralidade e respeito próprio. Tamanha hipocrisia, não? Infelizmente, o falso moralismo é um verme que vive nas entranhas da maioria dos seres humanos.
Que tipo de conselho maldito é este? Basicamente, diz que devemos nos entregar ao maior número de pessoas possível antes de escolher alguém. Vamos transformar nossos corpos em grandes tubos de ensaio vazios, preenchê-los com uma mistura perigosa de várias substâncias, não se preocupando sobre as consequências dessa inconsequência. Devemos ser do tipo “rodado” mesmo, passando a mão em todos e deixando ser passado, numa enorme brincadeira aparentemente inofensiva, mas que pode, mais cedo ou mais tarde, trazer graves problemas emocionais, de relacionamento interpessoal e até de autoimagem.
Nós temos apenas uma vida. Uma chance. E esta chance pode acabar num piscar de olhos. Você pode acabar de ler este texto, levantar, tropeçar numa casca de banana e morrer de traumatismo craniano. Pode acontecer, nunca se sabe. Por isso, não transforme a única vida que você tem em um experimento, nem o seu corpo em um playground. Só temos uma chance de fazer certo, do jeito que gostaríamos de fazer, do lado de quem gostamos de estar. Ah, e tenha amor por si mesmo... só assim você poderá um dia amar alguém.
Espero que este texto possa fazer alguém refletir. Sei que é difícil viver deste jeito: uma hora nos dizem que precisamos esperar a pessoa certa, em outra dizem que devemos sair “dando” e “comendo” por aí. Mas no final, só você pode decidir o que você quer da sua vida. Só espero que você nunca se arrependa da sua escolha. Somente isto.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Tubos de Ensaio e o Falso Moralismo
Posted on 11:32 by VioletFox'
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O grande problema que resulta neste tipo de "conselho" é a incapacidade das pessoas de entenderem e aceitarem que nada tem a ver com o modo que outra pessoa vive ou faz suas coisas. Muitas vezes não se entende que a diferença entre gostar de "se prender a uma pessoa" (minha preferência, ninguém perguntou) e de ficar com várias pessoas (que pode ou não tornar uma pessoa "rodada", dependendo da relação de respeito entre as duas partes) é como preferir pão com requeijão a pão com manteiga. Mas como dizem por aí..."quem manda a vida ser uma comédia?"
ResponderExcluir- Um Vampiro acordado as 5:34 da manhã lendo um post enquanto confortavelmente bebe um café com leite morno cujo recipiente logo será atacado por formigas.