quarta-feira, 26 de março de 2014

A arte da Nostalgia

Bem... bem.... bem. Estamos de volta! Ou melhor, eu to de volta. Como muitos sabem, estou atuando mais no novo seguimento do blog e com isso (e outros fatores) não dei as caras a um bom tempo aqui neste memorável local. Porém, isso não quer dizer que eu abandonei ele, pois estou aqui escrevendo este belíssimo e majestoso artigo de opinião. De qualquer forma, só vim dar minhas reles desculpas e prosseguir com o assunto. Vamos lá!!!!


Quem aqui nunca teve um avô que presenciou a segunda guerra mundial ou até mesmo algum marco civil de sua região e usa tal memória para dizer aquela célebre frase: "No meu tempo....". É meus amigos, todos nós já passamos por esta fase da vida onde todos os discursos eram iniciados dessa maneira, mas não era de todo mal, pois muitas vezes dava pra se tirar alguma coisa (ou não) do monte de frases e palavras ditas pelos nossos antepassados e com o passar do tempo, era até natural de nossa parte sentar no chão e ouvir os queridos idosos tagarelarem suas façanhas passadas.

O mais interessante desse costume comum a muitas culturas, é a linque que as gerações possuem entre uma e outra, já que muitas vezes a história nem pertencia ao seu contador, mas sim de seu pai ou pai de seu pai. Sim sim! É complicado entender o começo daquela gerra pelas palavras do velho, mas não se pode negar o fato de que ele herdou essa capacidade de contar histórias e usar o "No meu tempo..." de algum outro parente e de certa forma, tenta colocar em nossas cabeças essas palavras para no futuro, usarmos com nossos filhos, netos ou algum moleque infeliz que pisou na bola conosco e ativou esse momento nostálgico.

Até nesse quesito, tudo bem! O problema é que a geração atual não está mais respeitando a idade certa para começar a distribuir sermões e com isso, faz o uso indevido de suas memórias e de sua licença para dar bronca em outro alguém com pequena diferença de idade. Assim como é comum encontrarmos velhos falando clássicas frases, é mais comum ainda encontrar jovens com seus 14 ou 15 anos usando de mesmas artimanhas para darem bronca em crianças de 12 anos ou até mesmo outros da idades deles. O mais incrível disso tudo, é a capacidade desses jovens de usarem elementos de outra geração para adequar e tornar seus discursos mais e mais fortes, coisas como: "No meu tempo eu tinha que assoprar a fita do SNES para poder jogar, hoje em dia eles só põem o disco e pronto." (sendo que eles no máximo, nasceram em 2000 e com isso, são da geração Play Station 2).

Tudo bem que eu e muitos que presenciam isso, não estão muito longe dessa idade mas é difícil encontrar alguém da década de 90 comentando, em forma de sermão, os seus anos dourados de infância só para poder ganhar um argumento ou tentar ensinar alguém mais novo. Na maioria dos casos, quando presenciamos tais episódios, o melhor a se fazer é virar e rir da ignorância da pessoa pois se eles soubessem a dificuldade em conseguir um SNES, ir em uma locadora e arranjar uma fita que funcione com o sopro, eles não teriam tanta moral para falar. Isso claro, se aplica em outros assuntos e temas que se fossem colocados aqui, levaria milhões de linhas para poder terminar (sem contar o fato de que o exemplo usado foi o único que lembrei e pude colocar aqui, já que muitas vezes esses novos jovens não sabem o que é um video k7 e não entendiam a dificuldade de limpar um cabeçote para poder ver decentemente um filme).


Portanto meu jovens leitores, entendam que ter um momento de nostalgia é muito bom mas isso não dá o direito de vocês saírem como velhos reclamando de tudo e todos só porque possuem a falsa realidade de vivência, ou na maioria dos casos, de estresse com algo que hoje em dia se tornou simples. Esperem pelo menos os 18 ou 20 anos da vida para assim, dar uma bronca no filho de 10 anos do seu vizinho, pois até lá ele vai estar no Play Station 5 e você poderá dizer para ele a dificuldade de desbloquear o 2.

É isso galera, estamos de volta a mil por hora nos dois novos projetos. Não deixem de acompanhar o blog aqui, o canal no youtube e a página no Facebook (que anda tão desatualizada como aqui). 
Um grande abraço do tio Wolf e vamo que vamo!

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