sexta-feira, 22 de abril de 2011

Album Review: The Resistance (Muse)

O texto representa a opinião do autor e não necessariamente a opinião do Just Rokk ou de seus membros.



O Muse tem chamado bastante a atenção da mídia recentemente. E as razões para isso são muitas. Desde riffs incríveis e um ótimo trabalho com sintetizadores, até uma cozinha (dupla baixo + bateria) que possui uma química invejável. E isso foi só para citar exemplos. Bem, continuando, em 2009 o trio lançou o albúm The Resistance. O trabalho realmente foi bem recebido pela crítica especializada e pelos fãs, e chegou a vencer alguns prêmios. E a seguir, você acompanha a minha resenha deste disco.

Logo de cara, é possível perceber uma presença maior de pianos e os já citados sintetizadores, mas isso não significa a abolição das guitarras e dos já conhecidos solos incríveis de Matt Bellamy. Outra característica é um uso maior da combinação Piano + Vocais com ênfase (que já foi muito utilizada pelo Queen). As batidas também estão consideravelmente mais lentas se comparadas com as dos trabalhos anteriores. Felizmente, esses pontos citados fazem o disco possuir um charme próprio em relação aos outros.

O albúm abre com a excelente Uprising, que virou single e rendeu alguns prêmios. Ela realmente dá o clima certo para o que está por vir. Falo de Resistence, uma música que pode causar calafrios a quem ouvir, por conseguir juntar tantas qualidades da sonoridade da banda em seus quase 6 minutos de duração. Mas os caras não deixaram a peteca cair, e logo em seguida vem a maravilhosa Undisclosed Desires, que faz uso do teclado ao invés da guitarra, e não dos dois juntos como ocorre em boa parte do albúm. Com uma batida extremamente viciante e um refrão altamente grudento, a faixa logo virou um videoclipe de qualidade também.

Infelizmente, ocorre uma certa queda quando chega em United States of Eurasia. Não que ela seja ruim, mas o fato é que ela não consegue alcançar o brilho das anteriores. Um ponto interessante nela é que ela lembra a clássica We Are The Champions (novamente, o Queen). E no mesmo nível dela as faixas seguintes se mantém. Mas eis que chega uma surpresa, a inusitada I Belong to You, que além de ter em sua estrutura elementos básicos do disco, traz um toque de Jazz, o que traz uma certa grandiosidade para ela.

O encerramento do trabalho ficou a cargo da trilogia Exogenesis, que são boas se analisadas individualmente, melhores ainda como um conjunto, porém gastas se comparada com o resto do disco. Sim, porque os solos de pianos e versos quase minimalistas são usados com frequência em todo o albúm, o que faz bater um certo Deja vu. Tirando isso, são uma boa combinação e um bom fechamento para o pacote.

Concluindo, The Resistence é um ótimo disco, daqueles que agradam em cheio aos fãs. Apesar de pecar na repetição e nos vocais um tanto quanto forçados em alguns momentos. Pode comprar sem medo.

NOTA: 8,5 (Ótimo)
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