sábado, 21 de abril de 2012

Games, malvados por natureza ou hipocrisia humana que atua?

Não é de hoje que o tema "Jogo Violento" é abordado de maneira polêmica. Após diversos ataques feitos por emissoras, psicólogos e o governo Brasileiro, surge nesse emaranhado de questões uma simples mas pertinente dúvida: Os games são realmente violentos ou é o ser humano que está sendo hipócrita a ponto de não querer ter uma visão mais globalizadora sobre o assunto?


Para responder a essa pergunta, o melhor a se fazer é ir por partes, vendo tanto os pontos positivos e negativos, considerações de cada um e por fim chegar a um consentimento.


Quais são os benefícios dos jogos?
Para podermos analisar esse ponto, é necessário primeiro vermos o que a ciência tem a nos mostrar:


Guilherme Orozco, Mestre Doutor em Educação pela Universidade de Harvard, chegou à conclusão de que os gamers possuem uma inteligência superior, pois utilizam de uma forma inconsciente os métodos científicos, buscando regras e soluções para os desafios que são permanentes.



Como funciona o que o Doutor Orozco afirmou?
Simples, vamos adotar 2 games, primeiro o Uncharted depois o Gears of War.
Uncharted é um game de ação e aventura que mescla tiro em terceira pessoa, mas o principal foco são os quebra-cabeças que se tem no game para avançar no cenário, isso ocorre principalmente por causa do foco histórico que se tem no game.
Partindo dessa introdução podemos ver primeiro: que o jogador é impelido a utilizar de raciocínio para poder avançar no game e resolver os quebra-cabeças que se tem ao longo do jogo. Segundo: por causa dos temas que são abordados em cada game da série (historias que de fato ocorreram) o jogo é por assim dizer "banhado" por uma gama de conhecimento histórico e ainda por cima aprende se divertindo.
Já o game Gears of War que também é de ação e aventura e tiro em terceira pessoa, mas que tem um foco em guerras futurísticas, o jogador é motivado a primeiro: desenvolver uma tática para poder avançar no decorrer do game sem ter que perder seu personagem e aliados e segundo: raciocinar nas táticas apresentadas e escolher qual é a melhor para se avançar.
Dessa forma, tanto Gears of War como Uncharted são ótimos games para se desenvolver o raciocínio do jogador embora contenham um certo grau de violência.

O Doutor Emilio Takase, da Universidade Federal de Santa Catarina, afirma que o uso dos jogos estimula os lados cognitivos, tornando todos que praticam pessoas com maior poder de concentração, melhor controle de ansiedade e com um bom aumento de capacidade espacial. Fica evidente essa melhora nos resultados em provas de raciocínio rápido, pois, em praticamente em todos os jogos é muito exigido.
Nota: Apenas um reforço para a parte acima.

Quais são os malefícios dos jogos.
Um estudo feito pela RSNA - Radiological Society of North América, divulgado em 2006, identificou que os jogos violentos afetam os jovens negativamente. A pesquisa constituiu em analisar alguns gamers, logo após terem testado o jogo de guerra Medal of Honor. Depois desse testes foram identificadas algumas falhas na área cerebral referente ao autocontrole e concentração.
Em outro momento, uma pesquisa do College of Psychiatrists da Austrália e Nova Zelândia apontou que os jogos eletrônicos podem fazer tão mal quanto as drogas e o alcoolismo. Os resultados foram concebidos por um estudo online com 1945 voluntários. Cerca de 8% desse total (155 jogadores) eram considerados gamers problemáticos (pessoas que jogam mais de oito horas por dia, poucos amigos e se irritam se não jogarem). Com essa rotina, a síndrome de abstinência e os problemas psicológicos foram alguns dos fatores relacionados a esse perfil. Mas, qualquer atividade humana realizada em excesso é um agravante tanto psicológico quanto físico.

Com esses dados acima, vamos aos fatos:
Muitos jogos hoje em dia realmente contém um conteúdo violento, mas deve-se levar em conta que estes ficam apenas na ficção (como o caso de Killzone), mas também existem jogos que infelizmente fazem apologia demasiada à violência, tornando ela banal e de alta influência, prova disso é o game Postal 2.
Nele o jogador é simplesmente motivado a matar por matar (segundo fontes), você é motivado a matar desde ser humanos a animais, e nisso o jogador é apresentado com uma gama de armas para fazer o tal "divertimento" (o game foi proibido em mais de 70 países)
Além desse game, existem os jogos eróticos, que em vez de abordarem o tema erótico, na maioria dos casos o tema abordado é a pedofilia. O jogador ganha pontos por estuprar, tocar, forçar ao sexo uma mulher ou uma criança e isso sem qualquer impunidade, como se aquilo fosse algo completamente normal.

O que se deve fazer diante disso?
No caso dos pais, o mais indicado é o controle e o diálogo. Não basta somente proibir o filho de jogar tal jogo, deve-se explicar a ele o motivo pelo qual tal jogo ele não pode jogar e depois dele completar a idade indicada no game ele decide se quer ou não. Outro ponto é o conhecimento acerca do assunto. Muitos pais se informam de maneira errada pelas mídias televisivas, onde lá apenas mostram o lado ruim dos jogos e de maneira totalmente manipulativa e tendenciosa, deve-se buscar informações daquele jogo, por que tal cena acontece daquele jeito, perguntar a pessoas que já jogaram o game, se ele é apropriado para a idade X do filho. Além disso, a culpa de diversos casos de atrocidades ao redor do mundo não é de total culpa dos jogos, deve-se frisar que o assassino teve um passado conturbado, não possuía uma estrutura psicológica estável, entre outros fatores, por isso, o melhor caminho a se prevenir que essas coisas aconteçam é o diálogo e a busca de informação acerca do assunto.

Espero ter ajuda e um abraço a todos.
Wolf.

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2 comentários:

  1. Perfeito...não são os games que influenciam o comportamento de uma pessoa, tudo tem base na educação que a pessoa recebe/recebeu.

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  2. Verdade... O pessoal tem que parar de ser marionete e começar a ver as coisas com racionalidade. E Igor, você tá precisando de ajuda? xD

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